Aconteceu num passado recente…
Num dia, como tantos outros decidimos, a Paula e eu, convidar o nosso amigo Quaresma para dar um passeio. A nossa ideia era deambular um pouco pela cidade e posteriormente assentar arraiais em qualquer sítio e dar uma dentada nalguma coisa.
Encetámos o dito passeio no Príncipe Real, e perguntam-me vocês, – e porquê o Príncipe Real? – ao que eu respondo – porque sim, apeteceu-nos e a história é minha!
imagem "roubada" por mim da net
Pois bem, o nosso primeiro objetivo era na realidade um local bastante aprazível de seu nome Lost In (se não conhecem vale muito a pena).
Este spot é o local perfeito para estar em amena cavaqueira num ambiente descontraído e onde relaxar é a palavra de ordem a qualquer hora do dia ou da noite. Tem uma esplanada com uma vista sobre Lisboa de fazer inveja a qualquer miradouro, é igualmente ideal para namorar um bocadinho.
imagens "roubadas" por mim da net
De verão, nas noites de quinta-feira, há Jazz Sessions para os amantes do género, já no inverno a esplanada interior aquecida faz as delícias de quem a procura - AH, E FORNECEM MANTAS…!
Jazz Sessions (imagem "roubada" por mim da net)
O menu, esse é bastante variado, e apesar de ainda só termos “mergulhado” em algumas das suas iguarias (no caso a tábua de queijos, as tostas e a sangria), parece bastante prometedor.
E A LOJA, ESQUECIA-ME DA LOJA! Caríssimos, eles até têm uma loja e é FANTÁSTICA! Decorada assim ao estilo das Índias, vendem desde as roupas a calçado passando pelos artigos de decoração.
Eu e o meu amigo Quaresma pusemos mãos-á-obra e não fora a Paula e a responsável da loja aparecerem no preciso momento em que estávamos numa de Moda Lisboa (mas em bom, não desfazendo), e tínhamos experimentado os “modelitos” quase todos! É um fetiche nosso…
Interior da loja (imagem "roubada" por mim da net)
Saímos então desde “antro” de perdição Zen e deslizámos rua abaixo até ao Largo da Misericórdia ou do Cauteleiro como a malta quando era mais nova lhe costumávamos chamar e entrámos na Igreja de São Roque, quiçá para nos penitenciar pelo pedaço de bom bocado que tínhamos passado.
Igreja de São Roque (imagem "roubada" por mim da net)
Nunca lá tinha entrado, é LINDÍSSIMA!
Pormenores do interior (imagens "roubadas" por mim da net)
E é claro que voltámos a cair em perdição. E um dos melhores sítios para o fazer é talvez visitar uma SEXSHOP! Ah, pois é, meus amigos, conseguimos o pleno em questões de Deus e do Diabo, e perdoe-me o Senhor, mas desta vez o “chifrudo” ficou a ganhar.
Continuando…
Entrámos então na Contra Natura (nome particularmente sugestivo), e deambulámos por ali, por entre roupagens mini e dildos maxi.
Interior da loja (imagens "roubadas" por mim da net)
A Paula e o Quaresma fartaram-se depressa mas aqui o vosso narrador tinha a perfeita noção, sem saber porquê, que ainda faltava algo em todo este cenário. E é aqui que a coisa acontece…
Caríssimos, estão numa SexShop, avizinha-se uma potencial fofoquice, o que fazem…? - Ah, e tal, vou-me já embora porque só podem ser conversas porcas badalhocas. – lembram-se que estamos numa SEXSHOP!? Ficam para ouvir, CERTO!? Bom, certo ou não, EU fiquei!
A páginas tantas ouço, grosso modo, o seguinte diálogo entre o casal que estava no atendimento à loja:
Ela
– …não sabes a melhor. Ontem ligou para cá uma senhora à procura de um vestido vermelho com umas alças renda (?) que tinha visto numa das nossas lojas e que gostaria de saber se ainda o tínhamos.
Ele
– E…!?
Ela
– Pois então, disse-lhe que nunca tivemos tal tipo de vestido à venda na loja. A senhora, muito admirada diz-me como era possível se tinha passado na nossa loja do Colombo e que havia o dito vestido – então vocês não recebem a mesma mercadoria em todas as lojas?
Ele
– E tu?
Ela
– Sabes muito bem que não temos loja no Colombo e foi o que lhe disse.
Ele
– E a senhora?
Ela
– Continuou na tónica de admiração e voltou à carga – não pode ser, então se me diz que não estou a ligar para a NATURA do Colombo, estou a ligar para onde? – só aqui é que percebi a confusão da senhora, e respondi – não minha senhora, chama-se CONTRA-NATURA e é uma SexShop…
Ele
– E então?
Ela
– Não disse mais nada e desligou...
Parafraseando um colega meu, “É vida!”…