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(em) Amena Cavaqueira

...de amigos, para amigos e com amigos

(em) Amena Cavaqueira

...de amigos, para amigos e com amigos

o nu e a igreja

Desde a antiguidade que o nu é explorado pelos artistas. Aliás, desde que há memória, que muitos consideram a nudez uma das mais icónicas e expressivas manifestações artísticas.

Dos ídolos femininos de fertilidade do paleolítico (Venus), à representação da nudez na cerâmica grega, passando pela Venus de Milo...

 

Sempre que ouço falar na Venus de Milo, faz-me lembrar a história (verídica, segundo consta) daquele célebre teste de História de Arte, numa certa escola onde perguntavam:

- Que conhecida estátua grega é representada por uma mulher semi nua e sem braços?

Ao que um aluno respondeu.

- É a Venus do Nilo!

O professor sem perder a compostura e com um ar trocista remata.

- Ah, agora percebe-se a ausência de braços, estava a banhar-se no Nilo, veio um crocodilo e comeu-os...

 

Onde é que eu ia..., ah!

...a estátua de David de Michelangelo, as estilizadas (e/ou estranhas) Meninas de Avignon de Picasso, a incontornável pintura de Coubert A Origem do Mundo até à não menos famosa nudez de Sónia Braga em "Gabriela Cravo e Canela" (desenganem-se aqueles que estavam à espera do link para ver a Sónia desnudada, este é um blog de respeito!) , a arte do nu continua a ganhar adeptos em quase todos os quadrantes.

 

Bom, no caso da igreja o caso muda de figura.

Não é que a nudez não tenha uma participação relevante na arte sacra, antes pelo contrário. E para isso os artistas renascentistas deram-lhe um grande contributo... 

Só como exemplo: o afresco (voltamos a Michelangelo) no teto da Capela Sistina, com as suas nudezas no Juízo Final , A Criação do Homem e O Pecado Original e a expulsão de Adão e Eva do Paraíso.

...e por falar em Adão e Eva, o primeiro casalinho romântico da história da criação andava NU no Paraíso, ah pois é, e ninguém lhes dizia nada! E não, o Nuno Gama ainda não era nascido, só apareceu uns anitos mais tarde, senão tinha-lhes feito uma fatiota supimpa.

Só depois da Eva ter dado uma trinca na maçã e de terem tido consciência do bem e do mal e consequentemente, do pecado, do medo e da vergonha é que ambos taparam as suas miudezas com folhas de figueira (e não de parra como alguns apregoam).

E ele (Adão) disse: Ouvi a Tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. (Genesis 3:10)

 

A nudez, em todo o seu esplendor, em todas as suas representações e em todas as suas nuances, continuará a ser motivo de polémica e provocação mas também de beleza e de contemplação (pelo menos pela minha parte...) 

...

Depois deste ponto de vista da igreja, no que diz respeito à exposição de miudezas nas artes, lugar agora a outro momento de rara beleza.

 

ENJOY!

 

Ah... o Natal!

Esta é uma Quadra de intensas comezáinas e por vezes insanas mas ao mesmo tempo belas bebedeiras.

Da casa mais acolhedora com as decorações de Natal e na companhia da família.

Do "fiel amigo", o bacalhau com todos (este Natal irá ser polvo) na Consoada e da roupa velha na Noite de Natal. Do peru ao cabrito (este ano não sei qual deles irá visitar o nosso forno). Mais tarde, do Bolo-Rei que adoro particularmente, das filhós de abóbora, dos coscorões que a Carlota diz que adora e que por essa razão temos sempre na mesa e que ela acaba por só comer UMA, das rabanadas ou fatias-douradas como diz a "bonsai" (ou mesmo paridas como lhes chamava a minha mãe), do reconfortante vinho quente, com mel e pau de canela e...

...do Tronco-de-Natal que simplesmente odeio!

É das épocas do ano que eu e a "bonsai" mais adoramos e é também das épocas do ano onde particularmente praticamos intensa parvoíce!

 

Camisolas.jpg

 

Mesmo profundamente imbuídos do Espírito Natalício a Paula não deixou que se adquirissem estes belos exemplares (notem que, até deixei de chamar "bonsai" à minha "bonsai" para vos mostrar o quão sentido fiquei...). 

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