SÁBADO DO CARAÇAS, Ó PÁ!
Costa da Caparica (Foto: Paula)
Já foi no sábado passado mas continua muito presente…
Sábado passado fomos visitar o nosso amigo Paulo à Costa da Caparica, ou “de” Caparica, conforme vos der mais jeito (ou vão consultar á Wikipédia, por exemplo).
Os “quatro patas” tratados, agarrámos em nós (Paula e este vosso narrador), mochila às costas e lá saímos enfrentando ainda um sol caprichoso que espreitava por trás de umas nuvens que não auguravam nada de bom…
Chegados ao Areeiro dirigimo-nos à Papelaria “Imperial”, onde se adquirem os “bulhetes” dos TST`s e se tiram as afamadas fotocópias a preto e branco (branco?).
Corridinha até à camioneta que parecia esperar-nos como se soubesse que eramos os dois passageiros em falta e lá embarcámos.
Paragem da Praça de Espanha…
Encontram-se nesta paragem as criaturas mais barulhentas que podem imaginar. E em boa verdade vos digo que existem criaturas bem barulhentas!
Sobre o grupinho em questão e, para não ferir suscetibilidades, digo simplesmente que a língua oficial era o Crioulo. Não me interpretem mal mas estas senhoras, ou mais precisamente uma ou duas do grupo, falavam particularmente alto. Não nos conseguíamos sequer ouvir a pensar naquela espécie de galinheiro sobre rodas.
CHEGÁMOS!
Feirinha de Artesanato no Largo. Uma rápida e superficial revista às barraquinhas e ala pró areal.
Lá chegados definimos o “spot” ideal. No caso dos homens este lugar é equacionado pelo maior número, por metro quadrado, de pessoas do sexo feminino minimamente atraentes. No caso das mulheres, quando acompanhadas do respetivo marido ou namorado, esta equação é diametralmente oposta (apesar de haver verdade nesta cogitação temo represálias da minha Bonsai).
Deixámos cair a “tralha”, montamos o nosso pequeno estaminé e fomos molhar os pézinhos ou, como diz um amigo meu, "dar banho à dobrada” (sim, tenho amigos estranhos).
Bom, quando digo molhar, quero dizer que tentámos de uma forma mais ou menos fortuita meter o pézinho na água, mas PÔRRA, apesar de nunca ter estado ao pé de um glaciar acredito que estava tal e qual à temperatura de um.
“- Faz bem às varizes”, ouço a Paula dizer depois de lhe ter confessado que me doíam os pés e as pernas devido ao frio. À FAVA COM AS VARIZES!
Duas horas volvidas ligámos ao Paulo. Ficámos de nos encontrar, expressamente contra minha vontade, num dos "Barbas". SPOOOORTING!
Chegámos primeiro.
Mesa escolhida e lá fiquei eu a ver os(as) veraneantes enquanto a Paula foi fazer um xixizinho.
Por fim lá chegou o nosso amigo Paulo. Imperiais e tremoços pedidos e metemos a conversa em dia.
(confesso, clubismos à parte, que os tremoços temperados com alho (hum?) do Barbas são uma especialidade. Ah, e as tostas também são divinais)
Mais uma rodada de imperiais, mais um “picar” no pires de tremoços, mais um dedo de conversa e tudo isto na antecipação de um anunciado Arroz de Tamboril com Gambas prometido pela mãe do Paulo, senhora “galhofeira” e de uma incomum paciência de job, a “Dona” Ester.
Meninos, o arroz estava simplesmente DI...VI...NAL! Acompanhado de muito perto por um geladinho vinho branco – exclusivo LIDL (passo a publicidade) – Um Douro de seu nome “Azinhaga de Ouro 2014” muito bom na relação preço/qualidade, que por sinal o meu amigo Carlos Quaresma já mo tinha referenciado e com quem acabei por ter este encontro imediato à mesa.
Não me perdoaria se deixasse passar, não desfazendo nos outros comensais, a companhia fantástica e a boa disposição da Sílvia, uma amiga do Paulo que já conhecíamos e que para além disso nos presenteou com uma broa de milho de comer e chorar por mais.
Sobremesa comida e para “rematar” uma das pingas do Sô Manel, o patriarca da família, que nos apresentou, como já é seu habito, uma aguardente bagaceira caseira de fazer crescer pêlo em ovo!
Findo o divinal repasto juntamo-nos novamente mas desta vez em amena cavaqueira…
FOI MUITO BOM, Ó PÁ!